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Quero informação sobre o exame de toxoplasmose .qual o significado?

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TOXOPLASMOSE ICG IGM??



Respaldos: (2)




  • Patricia Pereira disse:

    Toxoplasma gondii é um protozoário parasita intracelular obrigatório de humanos e animais de sangue quente. Usualmente assintomática, sua infecção é importante em gestantes, imunocomprometidos, e naqueles com acometimento ocular.
    Apresenta 3 formas em seu ciclo de vida: oocistos, contendo esporozoítas, produzidos no ciclo sexual (gatos); taquizoítas que são responsáveis pela invasão do tecido humano; bradizoítas (cistos) que persistem nos tecidos infectados.
    Transmissão, via oral, ocorre pela ingestão de carne crua ou pouco cozida contendo cistos, ou pela ingestão acidental de água ou alimentos contendo oocistos. Outras vias de transmissão: transplacentária; hemotransfusão, e transplante de órgãos sólidos.
    Em São Paulo, foi encontrada soropositividade em 59% a 77% de gestantes. No Ceará, IgG foi detectado em 22% das crianças, e 71% das gestantes. Infecção congênita tem incidência de 1/3000 nascimentos.Infecção em gestantes: é importante definir se a infecção é recente ou tardia. O diagnóstico de infecção aguda requer a demonstração de aumento dos títulos ou soroconversão em exames seriados (3 semanas de intervalo). A amostra deve ser colhida o mais cedo possível na gestação, para que se tenha a possibilidade de discriminação de uma infecção antiga. Ressalta-se, que os testes de imunofluorescência apresentam variações de reprodutibilidade, devido à subjetividade na interpretação dos seus títulos, que podem variar quando determinados em diferentes laboratórios.
    IgG e IgM negativos: afastam infecção e orientam para prevenção.
    IgG positivo + IgM negativo nos dois primeiros trimestres: usualmente indica infecção crônica com baixo risco de transmissão ao feto, excetuando-se as gestantes imunossuprimidas. Valores altos de IgG não devem ser interpretados como indicativos de infecção recente.
    IgG postivo + IgM negativo no terceiro trimestre: em geral ocorre na infecção crônica, não se podendo, entretanto, excluir infecção aguda no início da gravidez.
    IgM positivo: não significa necessariamente infecção recente, pois títulos baixos podem persistir por mais de 1 ano. Assim, além da confirmação com a repetição da sorologia em 3 semanas, testes para detecção do IgA, e o teste da avidez IgG são úteis na tentativa de se diferenciar infecção recente de tardia.
    Toxoplasmose congênita; diagnóstico pré-natal: baseia-se na ultrassonografia e amniocentese. PCR no líquido amniótico na 18ª semana de gestação tem valor preditivo positivo de 100% e valor preditivo negativo de 99,7%.
    Toxoplasmose congênita; diagnóstico pós-natal: IgG materna pode ser detectada na criança. Assim, deve-se proceder a pesquisa de IgM e IgA por ELISA ou ELFA. Caso positivos, devem ser repetidos em 7 a 10 dias, para se afastar a possibilidade de falso-positivo pro transmissão passiva de IgM na rotura da placenta. Um resultado inicial negativo não afasta infecção, pois a produção de anticorpos pode ser tardia. A demonstração de IgA parece ser mais sensível que IgM para infecção de neonatos.

  • Patricia Pereira disse:

    *********DURANTE A GESTAÇÂO*******
    A importância da doença durante a gestação é o risco elevado de comprometimento fetal. Pode ocorrer:
    abortamento
    crescimento intra-uterino retardado (o feto cresce menos que o normal)
    morte fetal (morte após 20 semanas de gestação)
    prematuridade (nascimento antes de 37 semanas)
    malformações diversas: microftalmia (olhos pequenos), micro-encefalia (cabeça pequena), hidrocefalia, retardo mental, pneumonite, hepato-esplenomegalia (aumento com alteração da função do fígado e do baço), lesões de pele e calcificações dentro do cérebro.
    O diagnóstico da doença é difícil de ser realizado pela anamnese e exame físico. O médico sempre deve pensar neste diagnóstico nas pacientes com :
    febre
    linfadenomegalia (aumento dos linfonodos – ínguas)
    mal-estar
    história de contato com felinos ou ingestão de carnes pouco ou não cozidas.
    Em adultos a doença pode ser assintomática, entretanto o parasita pode chegar ao feto através da placenta e comprometer o futuro fetal.
    Exames de sangue são utilizados para o diagnóstico de infecção aguda (atual) ou crônica. Muitas pessoas têm ou tiveram toxoplasmose e não apresentam sintomas.
    Mulheres que já tiveram a doença não correm risco de reinfecção na gestação. Só pacientes imuno-suprimidas podem reativar a doença durante a gestação.
    Na gestante costuma-se solicitar exames para a detecção de dois tipos de anticorpos, o IgG e o IGM:
    IgG é o marcador da imunidade ao parasita.
    IgM é o marcador de infecção aguda pelo parasita.
    As gestantes que têm anticorpos tipo IgG positivos têm imunidade para a doença.

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